segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O UNIVERSO A PARTIR DO RENASCIMENTO

MEU INÍCIO:

Vou começar pelo Nicolau de Cusa ou Nicolau Krebs ou Chrypffs (1401-1464), Filho de um barqueiro João Cryfts e de Catarina Roemer. Teólogo e filosófo humanista, é considerado o pai da filosofia alemã e, como personagem chave na transição do pensamento medieval ao do Renascimento, um dos primeiro filósofos da Idade Moderna1, foi também vigalho-geral (governador) de Roma. Com ele, Platão teve um lugar especial em seu pensamento, embora nunca ter lido Platão em uma tradução direto do grego e seu contato teria sido através do Agostinho e de certos autores medievais, não o impediu de contrariar o pensamento escolástico, o qual  era   enraizado  e  cristalizado  o  pensamento   Aristotélico,  devido  ao  seu penamento em que as diversas religiões que as razões lógica separa como seitas conflitantes, são, para ele, expressões aproximativas de uma mesma verdade divina 2.. sua principal crítica era:
Que o pensamento lógico não é apropriado para abordar as questões teológicas, Deus é inacessível à razão lógica. Para cusa, a filosofia aristotélica, inteiramente baseada no princípio lógico da não contradição, apenas consegue dar conta das realidade finitas do mundo da natureza. E quando a Deus, em sua realidade infinita?  Entre o finito e o infinito há um abismo que o conhecimento do tipo lógico é incapas de ultrapassar3.
Utilizando também a expressão de Agostinho: Douta Ignorância como título de seu livro mais importante para referir-se na limitação e no reconhecimento de sua capacidade de conhecer sua ignorância, não sendo apenas a confissão da impotência da razão humana. É uma sabedoria, que percebe sua fraqueza.
Embora tendo não só uma vivencia como também tem como preocupações voltada a teologia como vimos a cima, também vimos uma vertente de oposição a escolástica dentro da própria igreja (que ao meu ver de modo completamente diferente e com outros propósitos iniciais só ocorreria com Erasmo de Rotterdam, que não cabe ao assunto agora, mais achei pertinente comentar), seja com a influencia de Platão ou de Plotino, é possível a visão do Uno que envolve a totalidade do universo com seus múltiplos aspectos, até mesmo contraditórios.
“Ao formular o problema do conhecimento sustentou posições de tolerância incompatíveis com o pensamento medieval. Para ele, o universo é a explicação, ou desenvolvimento de uma multiplicidade implícita da unidade absoluta de Deus da mesma maneira que na matemática , a unidade complicação (implicação) de todos os número e os números são a explicação da unidade. Deus contém em si todo o universo. Isso explica a unidade em uma unidade múltipla”4.
E com esse pensamento por vez ignorada em sua época nega a idéia astronômica da teoria aristotélico-ptolomaica, que havia se tornado doutrina oficial da igreja.
“O universo não pode ser o divino infinito, mais deve ser uma “espécie” de infinito, no sentido em que não apresenta nem começo e nem fim, não há motivo para buscar um ponto central: a terra não está no centro do universo. Do mesmo modo, a clássica distinção entre o supralunar e o sublunarperde o sentido. Não há mais hierarquia na ordem do universo, e a terra tão nobre quanto os demais astros, também deve se mover5.
Mesmo sem os recursos da astronomia, Nicolau de Cusa abre um novo terreno a um novo mundo que estava se desabrochando, o mundo do novo homem, o homem do renascimento. E que desta forma contribuiu, para o reacender do pavio já conhecido dês do astrônomo: Aristarco de Samos (c. 310-230 a.C.). 1700 anos antes do nosso Nicolau de Cusa.
Aristarco de Samos, astrônomo grego (310 a.C. - 230 a.C.) foi o primeiro cientista a propor que a Terra gira em torno do Sol (sistema heliocêntrico). Por tal afirmação, foi acusado de impiedade por Cleanto, o Estóico.
Apenas uma obra sua é conhecida: Sobre os tamanhos e distâncias entre o Sol e a Lua. Neste tratado, Aristarco realizou cálculos geométricos das dimensões e distância do Sol e daLua.Também a tentar determinar as distâncias e tamanhos do Sol e da Lua. Atualmente, seu nome é atribuído a uma cratera lunar. Suas conclusões sobre a organização do Sistema Solar, mesmo que simples, são admiradas até hoje por sua coerência. Aristarco concluiu que o Sol estaria 20 vezes mais distante da Terra que da Lua, mas, embora a proporção verdadeira seja cerca de 400 vezes, o seu procedimento estava correto. Aristarco também procurou calcular o diâmetro da Lua em relação ao da Terra, baseando-se na sombra projetada pelo nosso planeta durante um eclipse lunar e concluiu que a Lua tinha um diâmetro três vezes menor que o da Terra, sendo que o valor correto é 3,7 vezes. Com esse dado, deduziu que o diâmetro solar era 20 vezes maior que o da Lua e cerca de 7 vezes maior que o da Terra. Também calculou, com mais precisão do que a dos antigos sábios, a duração de um ano solar. Embora obtivesse muitos erros em seus resultados, o problema estava mais nos instrumentos utilizados por ele do que nos seus métodos, que eram corretos. Aristarco tinha bom senso. Para ele, seria mais natural supor que o astro menor girasse em torno do maior, diferente de como pensaram seus antecessores.
Todavia, a afirmação heliocêntrica não aparece neste trabalho. Na verdade, ela é conhecida através de uma referência feita por Arquimedes no seu Arenarius. A teoria heliocêntrica somente ganharia reconhecimento e validade mais de mil anos depois, com Copérnico6.
Nicolau Copérnico (1473-1543) foi um astrônomo e matemático polaco que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico7. Leitor dos antigos e conhecedor dos pitagóricos, de Platão e das idéias heliocêntricas de Aristarco de Samos e de Nicolau de Cusa, Copernico através do resgate da sabedoria grega pré-aristotélica e com os conhecimentos matemáticos elabora assim o seu sistema. “Propôs-se a formular uma explicação do deslocamento planetário que respeitasse rigorosamente  o  princípio  da uniformidade  do  movimento  circular,  em relação ao centro (coisa que Ptolomeu não fez) e oferecesse modelos geométricos capazes de reproduzir as reais posições dos planetas8.
Apesar de Copérnico ser astrônomo, ele não utiliza das observações dos astros, pois prefere o calculo, chegando as conclusões do Nicolau de Cusa, citadas a cima, apenas conjenturalmente onde o sol se encontra ao centro da esfera celestial, e que a terra gira entorno da estrela – Sol – substituindo a idéia aristotélico-ptolomaico ou seja o geocentrismo.
“A “lâmpada do mundo”
Mas no centro de tudo situa-se o Sol. Quem, neste esplêndido tempo, colocaria a luz em lugar diferente ou melhor do que aquele de onde ele pudesse iluminar ao mesmo tempo todo o tempo? Por tanto, não é impropriamente que certas pessoas chamam-no de lâmpada do mundo, outros de sua mente e outros de seu governante. /.../ assim como que repousado no trono real, o Sol governa a circundante família dos astros”9.
Ficando claro nas próprias palavras de Copérnico a influencia de Platão e dos neoplatônicos sobre o seu pensamento. “Em Platão, o Sol é a metáfora do bem, a Idéia suprema que ilumina as demais; em Plotino e sua versão cristã, a luz é a imagem da emanação do Uno ou do Verbo divino, em outras interpretações, o Sol simboliza a inteligência (o “espírito do mundo”); e, por fim, na concepção renascentista, há uma equivalência entre o Sol e o olhar. Como então não colocar o sol no centro do universo?10
Embora, Copérnico considerar as orbitas dos astros circulares, o qual também foi uma influencia dos gregos antigos, ela não representa, a rigor, o heliocentrismo. Mas temos também em sua teoria “que a terra seja também dotada de movimento, como os demais astros; é, por sinal mais um dentre eles. Não há, então como distinguir o Suplalunar do sublunar.
GIORDANO BRUNO:

Giordano Bruno (1548-1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano11, seus pensamentos, como os de Copérnico permeiam os limites do pensamento renascentista, propondo não só uma revolução no campo da astronomia, como o pensamento de Cusa e o de Copérnico. Mas são pensamentos que abalam-se os valores religiosos, políticos e morais que tinham no geocentrismo um símbolo. E seus pensamentos lhe fizeram pagar caro, por tamanha ousadia, sendo queimado vivo na fogueira da inquisição.
“Considerado o grande mártir da ciência, Bruno não é propriamente um cientista. Tampouco procura abrir caminho para a ciência, mais tarde reconheceria a sua figura um precursor. Ele é sobretudo, mago e místico, seguidor da tradições pseudo-egípcias de Hermes Trismegisto e da Cabala judaica. Deixa-se influenciar pela teoria copernicana por reconhecer nela a inspiração hermética – Copérnico havia mencionado Hermes para caracterizar o Sol como Deus visível – e não por causa do rigor matemático. /.../ O que fez Bruno mártir da ciência é, paradoxalmente, aquilo que ele desenvolveu quase em oposição aos aspectos científicos da obra de Copérnico”12.
Tendo em suas reflexões e indagações fortes críticas ao pensamento aristotélico-ptolomaica e, de certa forma até mesmo em Copérnico como poderemos ver em seguida. O que o levaria ser queimado vivo como já dito antes:
“Mas... se a Terra não é o centro do universo, por que insistir num centro? Se a hierarquia do mundo se rompe, para que buscar uma hierarquia? Por que não haveria outros mundos, com outros sois r outras vidas? Por que considerar o universo fechado e limitado – ou mesmo “ilimitado” como timidamente concebeu Nicolau de Cusa?  Por que não afirmar com todas as letras que o mundo é infinito, possivelmente intinito?13

TYCHO BRAHE:
Tycho Brahe (1546-1601) foi um astrônomo dinamarquês, proveniente de uma família nobre e financiado pelo rei da Dinamarca, teve condições financeira de levar adiante seu projeto de perscrutar o céu com equipamentos que ele próprio criara. Desta forma, conseguiu realizar farias anotações, a cerca dos movimentos dos corpos celestes, descobriu uma super nova e contradisse o modelo aristotélico ao provar que um cometa, observado em 1577, estava mais distante da Terra do que a Lua.
   GEO-HELIOCENTRISMO
“Suas observações levaram-no a formular, em 1588 um sistema no qual a Terra ficava no centro do cosmo, com a Lua e o Sol girando ao seu redor. Esse modelo tinha ao seu favor, o fato de liberar-sedas dificuldades teológicas e físicas do sistema copernicano, conservando seus métodos matemático, alem de eliminar a noção de esferas celestes”14.
Em 1599, muda-se para praga onde pretendia compilar toda a suas observações regulares e sistemática, que fizera em suas carreira, para isso ele contrata uma assistente, Johannes Kepler. Mas morre antes mesmo de conseguir seus objetivos. Kepler com base nos dados obtidos por Tycho, e com sua singular capacidade matemática, da seqüência à revolução astronômica começada por Copérnico.
JOHANNES KEPLER

Johannes Kepler (1571-1601) foi um astrônomo, matemático e astrólogo alemão e figura-chave da revolução científica do século XVII, Que através de suas crenças e de sua imensa habilidade matemática, impulsionou a astronomia e o modelo do mundo filosófico. Junto com sua base parte do modelo Heliocentrico de Copérnico e da reflexão matemática pode atribuir ao sol uma força motriz, nunca atribuída antes, isto é, além de iluminar, a estrela exerce uma função dinâmica, ou seja, uma ação mecânica sobre os planetas.
Determinando: “A força motriz afirmou-se difundir-se através dos raios solares, em todo o sistema planetário, enfraquecendo em razão da distância. Os raios, assim arrastam consigo os planetas, que de outra maneira permaneceriam fixos e imóveis”15.
Kepler acreditava na concepção de Filolau (filósofo grego), o qual afirmava que havia um fogo no centro do mundo, e com essa concepção ao ler a teoria heliocêntrica de Copérnico, unificou as duas idéias, no qual o Sol é o fogo central do universo. E ao analisar matematicamente, os dados deixados por Tycho, em especial o de Marte, pode concluir que as orbitas dos planetas percorriam é elípticas, e não circulares.
“Até esse momento, não se concebia a aplicação da matemática na astronomia, pois os objetivos matemáticos eram considerados essencialmente distintos dos da natureza. Kepler justifica o emprego da matemática com base na teologia neoplatônica. Sua solução da causa do movimentos dos planetas se fundarem na versão cristã do neoplatonismo: o Sol representa o Pai, que move os astros, por intermédio do Espirito Santo. Para traduzir essa idéia em linguagem científica, basta substituir, essa causa motriz, dotada de vontade e inteligência, pela noção de força. O resultado é a lei da gravitação dos corpos, que Newton formularia mais tarde.16
Desta forma pode elaborar as três leis fundamentais da mecânica celeste, também conhecida como leis de Kepler:
1.       As leis das órbitas elípticas, de 1609: a órbitas dos planetas é elíptica. Por isso, a distância entre cada planeta e o Sol (que ocupa um dos focos da elípice) varia ao longo da órbita;
2.       Leis das árias também em 1609: a linha reta que une a Terra ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. Como as órbitas são elípticas, ocorre o seguinte fenômeno: a linha fica longe e a Terra move-se devagar quando se encontra distante do Sol; quando próxima da estrela, o planeta movesse depressa e a linha fica curta.
3.       Lei harmônica de 1618: os planetas que tem órbitas maiores giram mais devagar em torno do Sol. Isso significa que a força entre o planeta e o Sol torna-se mais fraca quando os dois corpos de distanciam. Em linguagem técnica: o quadrado do período orbital dos planetas é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média em relação ao Sol.
Referente a alguns dados obtidos por Kepler, os mesmos já haviam sido obtidos a mais de um milênio pelo astrônomo indiano Arybhata.
Aryabhata  (476 - 550) é o primeiro dos grandes astrónomos e matemáticos da era clássica da Índia. Ele viveu em Kusumapura (atual Patna). Especula-se ainda que ele pode ter sido originário de Kerala.
Em seu livro, "Āryabhatīya", teorias matemáticas e astronómicas apresentavam a Terra girando em seu eixo e os períodos das planetas eram dados com relação ao sol (em outras palavras, era heliocêntrico). Ele acredita que a Lua e os planetas brilham devido a luz solar refletida e ele crê que as órbitas das planetas são elípticas. Ele explica as causas das eclipses do Sol e da Lua corretamente. Seu valor para a duração do ano em 365 dias, 6 horas, 12 minutos e 30 segundos é notavelmente próximo ao valor verdadeiro que é aproximadamente 365 dias e 6 horas. Este livro está dividido em quatro capítulos: (i) as constantes astronómicas e a tabela do seno (ii) matemática utilizada na computação (iii) divisão de tempo e regras para calcular as longitudes
de planetas usando excêntricos e epiciclos (iv) a esfera armilar, regras relacionadas a problemas de trigonometriae a computação de eclipses. Neste livro, o dia foi considerado de um amanhecer ao próximo, ao passo que em seu "Aryabhata-siddhanta" tomou-se o dia de uma meia-noite a outra. Há também diferença em alguns parâmetros astronómicos.
Ele foi o primeiro a explicar como o Eclipse lunar e o Eclipse solar acontece.
Aryabhata também deu uma indicação muito próxima para o Pi. No Aryabhatiya, ele escreveu: "Some quatro a cem, multiplique por oito e então adicione sessenta e dois mil. O resultado é aproximadamente o circunferência de um círculo de diâmetro vinte mil. Por esta regra a relação da circunferência para o diâmetro é dada." Em outras palavras, π ≈ 62832/20000 = 3,1416, correto para as quatro casas decimais.
Aryabhata foi o primeiro astrônomo a tentar medir a circunferência da Terra desde Eratóstenes (por volta de 200 a.C.). Aryabhata calculou exatamente a circunferência da Terra em 24.835 milhas, que foi somente 0,2% menor que o valor real de 24.902 milhas. Este valor permaneceu sendo o mais preciso por mais de mil anos.
Ele também propôs a Teoria heliocêntrica da gravitação, assim antecedendo a Nicolau Copérnico em quase mil anos.
O século VIII tradução árabe de Magnum Opus do Aryabhata, o Āryabhatīya foi traduzido para o latim no século XIII, antes do tempo de Copérnico. Por esta tradução, matemáticos europeus puderam saber os métodos para calcular as áreas de triângulos, volumes de esferas bem como a raiz quadrada e cúbica, enquanto é também provável que o trabalho de Aryabhata teve influência na astronomia européia.
Os métodos de Aryabhata de cálculos astronómicos estiveram em uso contínuo para prática de criação do Pancanga (o calendário Hindu).18
GALILEU GALILEI:
Galileu Galilei (1564 -1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante na chamada revolução científica, mesmo depois de enviar uma carta para Kepler, na qual confessara que era adepto da cosmologia de Copérnico, ele esperaria mais de 11 anos para tornar público o seu pensamento, isso ocorreu depois da publicação de um livreto de 24 paginas intitulado de: “o mensageiro das estrelas” em 1610.
Nos anos seguinte, através de através de observações eu um telescópio (foi o próprio Galileu que inventou o telescópio), “fez novas descobertas: as faces   de   Vênus   (previstas   nos  sistemas  copernicanos   e de  Tycho,   elas comprovam que os planetas refletem a luz solar), as manchas solares, a acidentada superfície da lua, a composição estelar da Via Láctea, a aparência das  estrelas, uma “protuberância”  na linha do equador de Saturno (na verdade eram os anéis, que Galileu não conseguiu ver)”19.
Podemos perceber que Galileu através do método empírico, isto é, na observação, na experiência e experimentos e com isso, ele apropria-se da matemática como já havia ocorrido com Kepler, mas apenas referente ao ímpeto celestial trás ela ao ímpeto terreno, com isso, possibilitou que Galileu realiza-se várias descoberta, e o ajuda a desenvolver novas leis, uma delas e a lei da inércia:
“A lei da inércia do seguinte modo: “represento para mim um corpo lançado sobre um plano horizontal, em ausência de qualquer obstáculo: disso resulta /.../ que o movimento do corpo sobre esse plano será uniforme e perpétuo, se o plano estender-se ao infinito” um plano horizontal e infinito, sem nenhum obstáculo, simplesmente não existe, a não ser na imaginação. Por isso é representação: “Represento para mim” na ciência moderna, o mundo apresenta-se “como se fosse”.
A noção geral do movimento muda de significado.20
É importante dizer que Galileu descobre a lei da inércia a mesma lei levaria anos para se melhor desenvolvida, isto aconteceria só com Newton, mas esta descoberta é de crucial importância pois fez com que a possibilidade da terra girar em torno de seu eixo deixasse de ser especulação e passa-se para o campo da verdade.

O UNIVERSO QUE SAIU DE CENA...

GEOCENTRISMO:


                O modelo geocêntrico é a teoria do universo mais antiga, concebida na Grecia. Aristóteles (384-322a.C.) era o filósofo mais famoso a defender essa teoria e com isso dar sua contribuições a mesma:
“O universo possui duas grandes regiões, o mundo supralunar e o mundo sublunar o primeiro é a região onde se situam os corpos celeste, cujo o movimento é circular, perfeito e eterno, sem começo nem fim, assemelhaos ao motor imóvel. O que está a baixo desta região é o mundo sublunar, composto, segundo Aristóteles – que ai retoma Empédocles –, de quatro elementos; água, ar, terra e fogo. São eles a causa material de tudo o que existe nesse mundo, desde as coisas inanimada, como pedra e mar, até os seres vivos (vegetais e animais) /.../ O mundo sublunar caracteriza-se pela imperfeição, o que equivale a dizer que as coisas que compõe estão sujeitas à geração e corripição, isto é, ao nascimento, a degenerescência,  e a morte. A imperfeição também significa também a violência: o nascimento de uma coisa implica também a morte de outra.
E quando ao homem? Que conduta deve adotar, uma vez que vive no mundo sublunar, marcado pela imperfeição e pela violência? Para Aristóteles a causa final do homem, seu objetivo supremo, é a felicidade. Ela não é um forte prazer que vai se esvaindo logo em seguida; ao contrário deve ser algo perene e tranqüilo, sem excessos, pois o excesso faz com que uma boa ação torne-se seu oposto. Uma pessoa amável em demasia, não passa de um encomodo bajulador.
Atingir a felicidade depende então de uma conduta, moral moderada, sem excesso, baseada no que Aristóteles denominava “meio-termo”.
/.../
Tal hábito é desenvolvido, sobretudo, pelo exercício do intelecto, que, no campo moral, aspira ao que é razoável. A felicidade, em suma, obtém-se pela vida contemplativa, uma vida intelectual sossegada,longe das perturbações do cotidiano”21.
Ptolomeu (90-168) foi um cientista grego, onde seu campo de atuação era: matemática, astrologia, astronomia, geografia e cartografia, sua obra mais conhecida é: Almagesto, em que apresenta um sistema cosmológico geocêntrico, isto é: “a Terra está no centro do Universo e os outros corpos celestes, planetas e estrelas, descrevem órbitas ao seu redor. Estas órbitas eram relativamente complicadas resultando de um sistema de epiciclos, ou seja círculos com centro em outros círculos. Ptolomeu foi considerado o primeiro "cientista celeste"22”. Essa seu pensamento foi acrescentado junto com o pensamento aristotélico referente ao geocentrismo criando a física aristotélico-ptolomaica.

COCLUSÃO:
               
                Fase ao exposto fica nítido que a substituição da física aristotélico-ptolomaica para uma física moderna não se resume em uma substituição simples e rápida, muito pelo contrário, suas necessidades surgem no século XV e vem acompanhado pelo pensamento humanista, Representado de forma contestatória com Nicolau de Cusa, que dá uma o ponto inicial para essa mudança, que irá se confirmar, embora inicialmente não aceita pela religião com as descobertas de Galileu Galilei no século XVII, é obvio que o físico Isaac Newton, não aparece neste quatro comparativo, pois julgo que ao aparecer no quadro das ciências, a questão do heliocentrismo já estava consolidada, mais ele tem uma estrema importância, pois prova cientificamente a lei da gravitação dos corpos, que dá a validade para Kepler ao afirmar que o Sol possui uma função dinâmica através da força motriz o que lhe permitiu desenvolver suas três leis; e também Newton valida cientificamente a lei da inércia, descoberta por Galileu e que possibilitou que o mesmo afirmar que a terra girava entorno do seu próprio eixo.
                Podemos ver que durante estes dois séculos, que levou a transição, de um modelo para o outro, apareceram várias indagações, junto com a questão da física, o fato do pensamento humanista ir a fonte, isto é, na Antiguidade Clássica buscar conhecimento, levou Copérnico ao encontro de Platão, o neoplatonismo, o Aristarco de Samos, entre outro autores, e propor uma nova visão, ou mesmo um novo mundo estava por vir.
Esse pensamento, já vem para romper com a mentalidade Medieval, onde a física aristotélico-ptolomaica reinava e ditava as regras e as atitudes do homem, pois o novo pensamento propõe uma ação imediata do homem, tirando-o da vida contemplativa, um pensamento e ação que apresentava um novo método o método empírico, dando origem a ciência moderna e a todas as descobertas apresentada.
Assim “as descobertas realizadas em vários campos – científico, tecnológico, territorial – obrigarão o homem europeu a uma mudança radical  de referência. Isso levou, como assinala o filósofo Alexandre Koyré (1892-1964), a perda do “mundo no qual vivia e sobre o qual pensava”, o que exigiu dele o esforço de compreender, aceitar e explicar as novidades sobre uma natureza que já não lhe era mais familiar. Esse processo, não se desenvolveria sem muita dificuldade, polemica, acusações e condenação a morte”23.
                Como se cada um acima citado que opuseram a mentalidade geocêntrica e propuseram a substituição da mesma, pelo modelo heliocêntrico, construísse uma nova realidade, através do método empírico, desconstruindo a física aristotélico-ptolomaica de tijolinho a tijolinho dês da visão suplalunar e sublunar, a condição da imperfeição e da violência, e no terreno erguesse a física moderna, respaldada pela filosofia e pela ciência.







1.      ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 152.
2.      ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 151.
3.      ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p. 91.
4.    <http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_de_Cusa> acessado em 15/05/2010.
5.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 138.
6.    idem
7.    ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p. 75
8.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 139.
9.    <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristarco_de_Samos> acessado em 15/05/2010.
10.              <http://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Copérnico> acessado em 15/05/2010
11.              ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p. 90
12.              COPÉNICO, N. A revolução as órbitas celestes. Livro I, capítulo 10. Apud ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p. 90.
13.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 149 – 150.
14.     <http://pt.wikipedia.org/wiki/Giordano_Bruno> acessado 16/05/2010.
15.    ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p.91
16.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 189 – 190.
17.    ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p.91
18.    <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aryabhata> acessado 19/05/2010
19.    ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p.94
20.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 191.
21.    ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004. p. 62 – 63.
22.    < http://pt.wikipedia.org/wiki/Ptolomeu> acessado 26/05/2010
23.    ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008. p.88

BIBLIOGRAFIA:

ABRÃO. B. S. Enciclopédia do estudante: história da filosofia: da antiguidade aos pensadores do século XXI. São Paulo: ed. Moderna, 2008.
ABRÃO. B. S. História da filosofia: São Paulo: ed. Nova Cultural, 2004

E-REFERENCIAS

< http://universodegalileu.blogspot.com> acessado em 16/05/2010.


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