Tomás de Aquino
(1225-1274) teólogo e filósofo italiano de origem nobre, ingressou na ordem dos
dominicanos em 1734. Mudou-se para Paris um ano depois que foi aluno de Alberto
Magno, estudioso de Aristóteles. Lecionou em Paris por duas ocasiões, além de
Agnani, Orvieto, Roma e Napoli. Em seus estudos procurou dar um ponto de vista
pessoal nas obras de Aristóteles e Agostinho, e ao realizar sua meta realiza a
“cristalização” de Aristóteles ao dar uma interpretação religiosa ao pensamento
pagão do filósofo grego. Partindo da discussão sobre essência e existência que
é apresentada de forma conceitual e que Aquino o transforma em ontologia. Para
ele a essência das coisas não implica na existência delas. Isso implica que
elas não podem existir por si mesmas, precisam ser criadas por uma instância
superior, que segundo o filosofo é Deus.
“Somente em
Deus, afirma, há identidade entre essência e existência. Desse modo, Ele é o
próprio existir, e é pleno: nada Lhe falta e nada Lhe pode ser atribuído. É
imóvel, eterno, a perfeição pura. Deus existe por si; as coisas existem por
meio dele”.
Os
conhecimentos racionais para Aquino, como em Aristóteles, provem dos sentidos,
por intermédio do intelecto que através das sensações abstrai as formas das
coisas. E assim, como os árabes, ele apresenta dois tipos de intelecto: um
passivo, responsável em receber os sentidos, a imagem das formas, como
potência; outro ativo que transforma a passagem da potência em ato, sendo ele
que realmente conhece as formas. Ambos os tipos compõe a alma individual.
Segundo Tomás
de Aquino, tanto a razão como a fé, podem levar a mesma verdade e que a razão
encontra-se submetida à fé. E assim, a razão é capaz de provar a existência de
Deus por meio de cinco vias, todas baseadas nos fenômenos do mundo sensível.
A 1º via é a constatação que as coisas em
movimento necessitam de uma força externa, pois não pode se mover por si mesma,
o mesmo ocorre com esta força, e sucessivamente e por ser uma série finita,
tendo seu termo primeiro Deus.
A 2º via constata que todas as coisas são
causa ou efeito, e nunca as duas ao mesmo tempo: a causa, portanto precede o
efeito e para que não se perca em uma sucessão infinita, é preciso aceitar uma
causa não causada, Que é Deus.
A 3º via Tudo está em transformação:
coisas são criadas e perecem constantemente, portanto a existência não é
necessária e sim contingente. Sendo assim a existência necessita da causa de
uma existência que seja necessária: Deus.
A 4º via A percepção que existem graus
de perfeição, mas para que isso possa ocorrer, é necessário que haja uma
perfeição pura que esteja no topo da hierarquia das coisas relativas, Deus.
A 5º via retomando essa hierarquia,
afirmando que cada coisa tem uma finalidade, e que cada um deve buscar o seu
lugar, caso não ocorra deve haver uma inteligência organizadora que leva os seres
a agir em busca de sua finalidade, Deus.
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